Rio Innovation Week
A área de Educação do Sesc RJ esteve presente no Rio Innovation Week, um evento sobre inovação e tecnologia. Apresentamos ao público do evento, o conceito gambiologia, que explora o costume brasileiro da improvisação, pessoas que no cotidiano improvisam, recriam e inovam. Duas instalações interativas e oficinas de construção de objetos – baseados na cultura maker – fizeram parte da programação do estande de Arte, Ciência e Tecnologia.
Nas oficinas, as pessoas aprenderam a fazer blocos de papel de disquete, brincos de fios elétricos coloridos e até mesmo lanternas com luz led de embalagens de M&M. O público do evento pode, também, ver de perto o funcionamento de impressoras 3D que foram produzidas a partir de “sucatas” por Lucas Lima, jovem negro, morador do Complexo do Alemão, engenheiro e educador, que atua em sua comunidade oferecendo formação tecnológica para jovens.
A área de ACT desenvolve projetos sistemáticos em suas Unidades, buscando reunir cientistas, professores, artistas, fazedores, comunicadores, gamers e você. Além de pessoas atuantes em diferentes áreas e de todas as idades em torno de uma programação que incentiva a reflexão sobre o conhecimento científico, intermediada pelas linguagens artísticas e pela tecnologia, com suas narrativas interativas e imersivas que, em si, configuram-se também como temática.
Para o Sesc RJ, inovação é “conhecer” e perceber como o conhecimento tem a ver com alegria, com fazer junto, com direitos, acolhimento, diversidade e empatia.
Gambiarra
Nos dicionários disponíveis no Brasil, a palavra gambiarra é majoritariamente definida como uma “extensão elétrica” ou como um “gato” – “serviço elétrico malfeito especialmente com a finalidade de obter energia elétrica de maneira ilegal”.
Popularmente, o termo é entendido como uma “atitude de improvisação, criatividade, solução alternativa, um conserto improvisado”.
Sua etimologia é imprecisa e duvidosa. O fato é que a gambiarra, conforme conhecemos, tornou-se não só um termo onipresente no cotidiano das metrópoles brasileiras, como praticamente um sinônimo de brasilidade. Seja na comparação negativa com o malfadado “jeitinho” ou no seu reconhecimento como um diferencial estratégico, a gambiarra é, sem dúvida, um patrimônio nacional. No entanto, a busca por soluções para problemas cotidianos triviais, de maneira improvisada e criativa, envolvendo quase sempre a adaptação de materiais – e um deslocamento de suas funções originais – nos parece muito mais um recurso humano nato, que independe de nacionalidade.
Gambiologia
Projeto originado em Belo Horizonte, Brasil, no ano de 2008, que se dedica a trazer a gambiarra para o contexto tecnológico. Concebido originalmente como uma campanha para um festival, organizou-se imediatamente como um coletivo de arte, consolidando-se como referencial na criação, discussão e organização de iniciativas em torno da arte eletrônica com improvisação e sotaque tupiniquim.
Por meio de uma vigorosa produção autoral, o coletivo apresentou uma proposta original, com a sugestão de uma estética peculiar, relacionando a arte eletrônica não só com a gambiarra, mas com outras questões relevantes ao contexto contemporâneo: o reuso de materiais, a cultura maker e a apropriação crítica das tecnologias.
Atualmente, sua linha de atuação transita entre um ateliê de invenções e uma produtora cultural, com três focos principais de trabalho: produção (exposições e publicações de artes visuais), educação (oficinas e metodologias) e inovação (palestras e consultorias).
Expositores
Fred Paulino – Concepção e Coordenação do projeto Gambiologia
Lucas Lima – Criação e Exposição das Impressoras 3D
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